quarta-feira, 19 de abril de 2017

(LIÇÃO 02) Quem é Jesus Cristo

1. Quem é Jesus Cristo?

Jesus, diferentemente de qualquer outro humano, viveu no céu como pessoa espiritual antes de nascer na Terra. (João 8:23)Ele foi a primeira criação de Deus e ajudou a criar todas as outras coisas. Ele é o único que foi criado diretamente por Jeová e, por isso, é chamado de Filho “unigênito” de Deus. leia Provérbios 8:22, 23, 30; Colossenses 1:15, 16.

Jesus Cristo é “o primogênito de toda a criação; porque mediante ele foram criadas todas as outras coisas nos céus e na terra, as coisas visíveis e as coisas invisíveis”. (Colossenses 1:15, 16) “Quando [Jeová] preparou os céus, eu estava lá”, prossegue a sabedoria personificada, “quando decretou o círculo sobre a face da água de profundeza, quando firmou as massas de nuvens acima, quando fez ficar fortes as fontes da água de profundeza, quando fixou ao mar o seu decreto, para que as próprias águas não ultrapassassem a sua ordem, quando decretou os alicerces da terra, então vim a estar ao seu lado como mestre-de-obras, e vim a ser aquele de quem ele gostava especialmente de dia a dia, regozijando-me perante ele todo o tempo, regozijando-me com o solo produtivo da sua terra, e as coisas de que eu gostava estavam com os filhos dos homens”. (Provérbios 8:27-31) O Filho primogênito de Jeová estava ali ao lado do Pai, trabalhando ativamente com ele, o inigualável Criador dos céus e da Terra. Quando Jeová Deus criou o primeiro humano, o Filho estava associado com ele no projeto como Mestre de Obras. (Gênesis 1:26)

O Evangelho de João traz à atenção a existência de Jesus antes de descer à terra como humano, como “a Palavra”, ou o Porta-Voz, de Deus. João diz: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era um deus. Este estava no princípio com o Deus.” (João 1:1, 2) Visto que Jeová não teve princípio, estar a Palavra com Deus desde o “princípio” deve referir-se ao começo das obras criativas de Deus. (Salmo 90:2) Jesus é “o primogênito de toda a criação”. Portanto, ele existiu antes de se criarem outras criaturas espirituais e o Universo físico. — Colossenses 1:15; Revelação (Apocalipse) 3:14.

Segundo algumas estimativas científicas, o Universo físico já existe pelo menos por 12 bilhões de anos. Se estas estimativas forem mais ou menos corretas, o Filho primogênito de Deus usufruiu uma associação íntima com o Pai por períodos imensuráveis antes da criação de Adão e Eva. (Note Miquéias 5:2.) Desenvolveu-se assim uma associação terna e profunda entre os dois. Este Filho primogênito, como sabedoria personificada, é representado como dizendo na sua existência pré-humana: “Vim a ser aquele de quem [Jeová] gostava especialmente de dia a dia, regozijando-me perante ele todo o tempo.” (Provérbios 8:30) Passar eras incontáveis em associação íntima com a Fonte do amor Jeová, certamente teve um profundo efeito sobre seu Filho! (1 João 4:8) Este Filho passou a conhecer e a refletir os pensamentos, os sentimentos e os modos de agir de seu Pai como ninguém mais podia. — Mateus 11:27.

2. Por que Jesus veio à Terra como humano?
Deus enviou seu Filho à Terra por transferir sua vida do céu para o ventre de uma virgem judia chamada Maria. Assim, Jesus não teve um pai humano e por isso não herdou o pecado. (Lucas 1:30-35) Ele veio à Terra (1) para ensinar a verdade sobre Deus, (2) para dar o exemplo de como fazer a vontade de Deus e (3) para oferecer sua vida perfeita como “resgate”. — Leia Mateus 20:28; João 18:37


3. Por que Jesus morreu?
1.   Jesus morreu para “o perdão dos nossos pecados”. — Colossenses 1:14.
O primeiro humano, Adão, foi criado perfeito, sem pecado. Mas ele escolheu desobedecer a Deus. A desobediência, ou pecado, de Adão afetou muito seus descendentes. A Bíblia explica: “Por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores.” — Romanos 5:19.
Jesus também era perfeito, mas ele nunca pecou. Por isso, ele podia ser um “sacrifício de expiação [compensação] pelos nossos pecados”. (1 João 2:2; nota) Assim como a desobediência de Adão contaminou a família humana com o pecado, assim a morte de Jesus removeu a mancha do pecado de todos que exercem fé nele.

Em certo sentido, Adão vendeu a humanidade para o pecado. Jesus, por voluntariamente morrer por nós, comprou a humanidade para si. Por causa disso, “se alguém cometer um pecado, temos um ajudador junto ao Pai: Jesus Cristo, um justo”. — 1 João 2:1.
2.   Jesus morreu “para que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna”. — João 3:16.
Adão foi criado para viver para sempre, mas seu pecado teve como consequência a morte. Por meio de Adão, “o pecado entrou no mundo, e a morte por meio do pecado, e desse modo a morte se espalhou por toda a humanidade, porque todos haviam pecado”. — Romanos 5:12.
Em contraste, a morte de Jesus não só removeu a mancha do pecado, mas também cancelou a sentença de morte para todos os que exercem fé nele. A Bíblia resume muito bem essa questão dizendo: “Assim como o pecado reinou junto com a morte, assim também a bondade imerecida reinasse por meio da justiça e levasse à vida eterna, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.” — Romanos 5:21.
Jesus morreu para desfazer os efeitos do pecado de Adão.
É claro que hoje os humanos não vivem muito tempo. Mas Deus garante que vai dar vida eterna a humanos justos e ressuscitar os mortos para que eles também possam se beneficiar da morte sacrificial de Jesus. — Salmo 37:29; 1 Coríntios 15:22.
3.   Jesus “se tornou obediente a ponto de enfrentar a morte” e desse modo provou que um humano pode ser fiel a Deus em qualquer provação ou dificuldade. — Filipenses 2:8.
Apesar de ter corpo e mente perfeitos, Adão foi egoísta e desobedeceu a Deus por desejar algo que não pertencia a ele. (Gênesis 2:16, 17; 3:6) Mais tarde, Satanás, o principal inimigo de Deus, deu a entender que nenhum humano obedeceria a Deus a não ser por interesse, especialmente se sua vida estivesse em jogo. (Jó 2:4) Mas Jesus, um homem perfeito, obedeceu a Deus e continuou leal, mesmo sofrendo uma morte dolorosa e vergonhosa. (Hebreus 7:26) Isso resolveu de vez a questão: um humano pode ser fiel a Deus em qualquer provação ou dificuldade que surja.








4.Jesus morreu numa cruz?
Para muitos, a cruz é o maior símbolo do cristianismo. No entanto, a Bíblia não dá detalhes sobre o instrumento em que Jesus morreu, de modo que ninguém pode saber exatamente qual era seu formato. Mas na Bíblia há evidências de que Jesus morreu numa estaca, ou poste, e não numa cruz.
A Bíblia geralmente usa a palavra grega stau·rós para se referir ao instrumento
em que Jesus foi executado. (Mateus 27:40; João 19:17) Embora essa palavra muitas vezes seja traduzida como “cruz”, diversos eruditos concordam que seu significado básico na verdade é “poste reto”. * De acordo com o Dicionário Vine — O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, stau·rós “denota, primariamente, poste ou estaca vertical. Em tais peças os malfeitores eram pregados para execução. O substantivo stau·rós e o verbo stauroō, amarrar a uma estaca ou poste, devem ser originalmente distinguidos da forma eclesiástica da cruz de duas vigas”.

Além disso, a Bíblia usa a palavra grega xý·lon como sinônimo de stau·rós. (Atos 5:30; 1 Pedro 2:24) Essa palavra significa “madeira”, “viga”, “estaca” ou “árvore”. * Desse modo, a The Companion Bible (Bíblia Companheira) conclui: “Não há nada no grego do [Novo Testamento] que sequer sugira duas peças de madeira.”

5.A origem da cruz
Se a Bíblia realmente não diz que Jesus foi executado numa cruz, então por que todas as igrejas — católicas, protestantes e ortodoxas — que afirmam ensinar e seguir a Bíblia adornam seus edifícios com a cruz e a usam como símbolo de sua fé? Como a cruz se tornou um símbolo tão popular?
A resposta é que a cruz não é venerada apenas por membros de religiões que afirmam seguir a Bíblia, mas ela também já era venerada por pessoas cuja adoração é de muito antes do surgimento das religiões “cristãs”. Várias obras de referência sobre religião reconhecem que cruzes de vários modelos e formatos já eram usadas muito antes de Cristo. Por exemplo, antigos hieróglifos e pinturas de deuses e deusas egípcios muitas vezes mostram uma cruz em forma de T com um círculo na parte de cima. É chamada de cruz ansada, ou em forma de alça, e acredita-se que seja um símbolo da vida. Com o tempo, esse formato de cruz foi adotado e usado extensivamente pela Igreja Cóptica e outras.
De acordo com a The Catholic Encyclopedia, “o formato primitivo da cruz parece ter sido o da chamada cruz ‘gamada’ (crux gammata), mais conhecida pelos orientalistas e estudantes da arqueologia pré-histórica por suástica, seu nome sânscrito”. Esse sinal era amplamente usado entre os hindus na Índia e os budistas em toda a Ásia e ainda é visto em decorações e ornamentos nessas regiões.
O termo original usado na Bíblia faz referência a uma estaca ou viga.
Não se sabe exatamente quando a cruz foi adotada como símbolo “cristão”. O Expository Dictionary of New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento) de Vine diz: “Por volta de meados do 3.° séc. a.D., as igrejas ou se haviam apartado de certas doutrinas da fé cristã ou as tinham distorcido. A fim de aumentar o prestígio do sistema eclesiástico apóstata, aceitavam-se pagãos nas igrejas, mesmo que não tivessem se convertido à fé, e em geral permitia-se que mantivessem seus sinais e símbolos pagãos”, incluindo a cruz.
Já alguns escritores apontam para a alegação de Constantino, adorador do deus-sol, de que em 312 EC, quando estava numa de suas campanhas militares, teve uma visão de uma cruz sobreposta ao Sol com um lema em latim “in hoc signo vinces” (com este sinal vencerás). Algum tempo depois, um sinal “cristão” foi colocado nas bandeiras, escudos e armaduras de seu exército. (Ilustração à esquerda) Constantino supostamente se converteu ao cristianismo, embora só tenha sido batizado 25 anos depois, no leito de morte. Alguns questionaram suas motivações. “Ele agiu mais como se estivesse convertendo o cristianismo naquilo que achava mais provável que seus súditos aceitassem como religião católica [universal] do que como se tivesse se convertido aos ensinos de Jesus, o Nazareno”, diz o livro The Non-Christian Cross (A Cruz Não Cristã).
Desde então, passaram-se a usar cruzes de muitos modelos e formatos. Por exemplo, o The Illustrated Bible Dictionary (Dicionário Bíblico Ilustrado) diz que aquilo que se chama cruz de Santo Antônio “tinha o formato de T maiúsculo, que, segundo alguns, se derivava da letra tau, símbolo do deus [babilônio] Tamuz. Havia também a cruz de Santo André, no formato da letra X, e a conhecida cruz de duas vigas, com a barra horizontal abaixada. Esse último tipo, chamado de cruz latina, é erroneamente “considerado pela tradição o formato da cruz na qual nosso Senhor morreu”.

6.Jesus foi ressuscitado com um corpo de carne ou com um corpo espiritual?
A Bíblia diz que Jesus “foi morto na carne, mas recebeu vida [foi ressuscitado] no espírito”. — 1 Pedro 3:18; Atos 13:34; 1 Coríntios 15:45; 2 Coríntios 5:16.
As próprias palavras de Jesus mostram que ele não seria ressuscitado com um corpo de carne e sangue. Ele disse que daria sua “carne a favor da vida do mundo” como um resgate para a humanidade. (João 6:51; Mateus 20:28) Se Jesus tivesse sido ressuscitado em seu corpo carnal, o sacrifício dele como resgate teria sido cancelado. Mas não foi isso o que aconteceu, pois a Bíblia diz que Jesus sacrificou seu corpo e seu sangue “de uma vez para sempre”. — Hebreus 9:11, 12.

7.Se Jesus foi ressuscitado com um corpo espiritual, como é que os discípulos dele conseguiam vê-lo?
·         Criaturas espirituais podem assumir a forma humana. Por exemplo, no passado, anjos até mesmo comeram e beberam com humanos. (Gênesis 18:1-8; 19:1-3) Mesmo assim, eles ainda eram criaturas espirituais e podiam deixar o domínio físico. — Juízes 13:15-21.
·         Depois de ser ressuscitado, Jesus também assumiu por um tempo uma forma humana, assim como anjos já haviam feito antes. Mas, por ser uma criatura espiritual, ele podia aparecer e desaparecer de repente. (Lucas 24:31; João 20:19, 26) Cada vez que Jesus se materializava, ele usava um corpo diferente. É por isso que mesmo os amigos mais íntimos de Jesus só conseguiam reconhecê-lo pelas coisas que ele dizia ou fazia. — Lucas 24:30, 31, 35; João 20:14-16; 21:6, 7.
·         Quando Jesus apareceu ao apóstolo Tomé, ele usou um corpo que tinha marcas de ferimentos. Como Tomé não acreditava que Jesus havia sido ressuscitado, Jesus fez isso para fortalecer a fé de seu apóstolo. — João 20:24-29.

8.O que Jesus está fazendo hoje depois de ter sido ressuscitado e subir ao céu com corpo espiritual?
Jeová enalteceu seu Filho no céu como Rei do Reino de Deus.
Por curar doentes, ressuscitar mortos e dar a sua vida para livrar as pessoas do pecado e da morte, Jesus demonstrou o que fará no futuro a favor de todos os humanos obedientes. (Lucas 18:35-42; João 5:28, 29) Depois que Jesus morreu, Deus o ressuscitou como pessoa espiritual. (1 Pedro 3:18) Então, Jesus esperou à direita de Deus até Jeová lhe dar o poder para governar como Rei sobre toda a Terra. (Hebreus 10:12, 13)
Deus comissionou Jesus Cristo como Rei do Reino e lhe deu mais autoridade do que qualquer humano jamais poderia ter. (Mateus 28:18) Jesus usa esse poder apenas para
o bem; ele já mostrou ser um Líder confiável e compassivo. (Mateus 4:23; Marcos 1:40, 41; 6:31-34; Lucas 7:11-17) Sob a orientação de Deus, Jesus tem escolhido pessoas de todas as nações para “reinar sobre a terra” com ele no céu. — Revelação (Apocalipse) 5:9, 10.
Hoje, ele está governando no céu, e seus seguidores na Terra estão anunciando as boas novas no mundo inteiro. — Leia Daniel 7:13, 14; Mateus 24:14.
Em breve, Jesus usará seu poder como Rei para acabar com todo o sofrimento e com aqueles que o causam. Milhões que exercem fé em Jesus e lhe obedecem usufruirão a vida num paraíso na Terra. — Leia Salmo 37:9-11.



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